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Este artigo faz parte da Blogagem Coletiva sobre a grande poetiza portuguesa Florbela Espanca muito bem conduzida pela Flor do blog Interludio.
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Escolhi este poema porque identifica com toda clareza a principal característica da Florbela.
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Deliciem-se
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Vulcões
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Tudo é frio e gelado. O gume dum punhal
Não tem a lividez sinistra da montanha
Quando a noite a inunda dum manto sem igual
De neve branca e fria onde o luar se banha.
No entanto que fogo, que lavas, a montanha
Oculta no seu seio de lividez fatal!
Tudo é quente lá dentro…e que paixão tamanha
A fria neve envolve em seu vestido ideal!
No gelo da indiferença ocultam-se as paixões
Como no gelo frio do cume da montanha
Se oculta a lava quente do seio dos vulcões…
Assim quando eu te falo alegre, friamente,
Sem um tremor de voz, mal sabes tu que estranha
Paixão palpita e ruge em mim doida e fremente!
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Este post faz parte da Blogagem Coletiva "Interlúdio com Florbela", promovido pelo Blog Interlúdio
Um comentário:
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Linda homenagem destacando a personalidade vibrante e contraditória da amada poetisa!
..."No gelo da indiferença ocultam-se as paixões
Como no gelo frio do cume da montanha
Se oculta a lava quente do seio dos vulcões…"
Parabéns Paulo!
Parabéns Flor ♥
Meu carinho a vocês,
Helô
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