domingo, 28 de dezembro de 2008

Daniela Figueiredo do Blog Puxadinho Mundo Insano

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http://arquivomundoinsano.blogspot.com/
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ANSEIOS
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Meu doido coração aonde vais,
No teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade;
Meu pobre coração olha cais!
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Deixa-te estar quietinho! Não amais
A doce quietação da soledade?
Tuas lindas quimeras irreais
Não valem o prazer duma saudade!
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Tu chamas ao meu seio, negra prisão!…
Ai, vê lá bem, ó doido coração,
Não te deslumbre o brilho do luar!
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Não ´stendas tuas asas para o longe…
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Na paz da tua cela, a soluçar!…
(Florbela Espanca)
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Eu não conhecia a poesia de Florbela Espanca, a descobri no blog By Oscar Luiz , soube da blogagem coletiva Interlúdio com Florbela, e quis saber mais. A iniciativa da blogagem coletiva foi do blog Interlúdio. Adorei Florbela, sua poesia é encantadora. Tem um quê de provocação e um quê de suspiro e febre. Escreveu sobre saudade, desejo, anseios, súplicas.
Em pesquisa sobre Florbela, achei neste site (lindo, por sinal): Florbela Espanca
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Florbela d’Alma da Conceição Espanca nasceu em 08 de dezembro de 1894, em Vila Viçosa, em Alto Alentejo, Portugal. Seu primeiro poema, Vida e Morte, foi escrito aos sete anos de idade, em 1903. É uma das poetas portuguesas mais famosas. Suicidou-se no dia do seu aniversário, aos 36 anos, ao beber dois frascos de Veronal, um sedativo do grupo dos barbitúricos.

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